Bauru SP



           O ambiental natural bauruense
José Carlos Rodrigues Rocha


          O município de Bauru, localiza-se entre os paralelos 22° 07’ e 22° 24’ S e os meridianos 48° 56’ e 49°16’ W. Possui uma área de 702 km2, equivalendo a 0,28% da superfície total do estado de São Paulo. Limita-se ao norte, com Reginópolis; a nordeste, com Arealva; a leste, com Pederneiras; ao sul, com Agudos; a sudoeste, com Piratininga e a oeste-noroeste, com Avaí.
            Localizada no Planalto Ocidental Paulista, apresenta em termos geológicos rochas da formação Bauru e da formação Serra Geral. Essas rochas são importantes para formação dos diferentes tipos de solos utilizados pela agricultura bem como para a recarga dos aquíferos – Bauru (formação Bauru) e Guarani (formação Botucatu). Os dois aquíferos são separados pelos derrames de lavas basálticas (formação Serra Geral). Em alguns pontos o basalto se apresenta fraturado facilitando o contato com o aquífero Guarani. Os dois aquíferos fornecem água por meio da perfuração de poços profundos.
            Os contrastes apresentados pelo clima e vegetação deram origem a formas de relevo com declives suaves e altitudes entre 700 e 800 metros na porção sudeste do município, sendo uma ramificação dessas elevações, a denominada “serra” da Jacutinga, no município de Agudos. As ondulações topográficas se sucedem para oeste com altitudes entre 500 e 600 metros, dando ao relevo um aspecto colinoso, com vales fluviais amplos.
            Em função do intemperismo, o arenito Bauru (sem cimento calcário em sua porção superficial) deu origem ao solo latossol vermelho-escuro fase arenosa. De modo geral é um solo pobre para as atividades agrícolas. No entanto sendo areno-argiloso permite infiltração considerável das águas pluviais colaborando para a recarga do aquífero (Aquífero Bauru). 
            Na zona urbana, o relevo é marcado pela bacia do rio Bauru. Demarca, com seus afluentes, a divisão da área urbana, ao mesmo tempo em que seus vales abrigam as principais ferrovias. Isso dificulta a circulação urbana. Essa dificuldade foi solucionada por meio da construção de viadutos e a tubulação de alguns vales dos afluentes.
            O clima caracteriza-se por ser do tipo tropical de altitude, apresentando duas estações bem definidas: chuvosa no verão, com as temperaturas mais elevadas nos meses de janeiro e fevereiro e seca no inverno, ocorrendo temperaturas mais baixas nos meses de junho e julho.   
            O cerrado é a formação vegetal nativa. Apresenta-se ora mais aberta, ora mais fechada (cerradão). Existem áreas desse tipo de vegetação na antiga Fazenda Vargem Limpa Norte, como reserva da União e da antiga Fazenda Bauru, próximo ao Núcleo Mary Dota. A preservação dessas é uma luta constante de várias organizações como SOS Cerrado, Acorda Bauru, Instituto Vid’água e outros. Sua preservação além de colaborar com as condições climáticas gerais também é de capital importância para facilitar a recarga dos aquíferos.


Bauru, 02/03/12       

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