Profª Marcia Regina Nava Sobreira
As Lojas Maçônicas em Bauru (V)
Hoje terminamos a série sobre as Lojas Maçônicas em
Bauru, depois de fornecer alguns dados históricos sobre as que foi possível
conseguir no espaço de tempo das publicações.
Conseguimos nesse meio tempo no jornal “O Bauru” de 20 de setembro de
1909 a nota do lançamento da pedra inaugural do templo, da “Loja Arquitetos”,
na avenida Rodrigues Alves quadra 8, antiga Alfredo Maia, o qual transcrevemos:
“Loja Maçônica Architetos” – “Tendo de realizar-se hoje às 3 horas da tarde,
nesta cidade, a cerimônia de lançamento da primeira pedra, do novo templo, da
loja Architectos, a Av. Alfredo Maia, a comissão abaixo assignada na
impossibilidade de se dizer pessoalmente, vem por este meio convidar, a
imprensa e as autoridades municipais, estudantes e federais, e a todas as
classes representativas, pelo povo desta cidade, para assistirem a essa
cerimônia. Agradecendo já as suas presenças.
A comissão
Carlos Marques da Silva
José Aiello
Cassimiro Onofrillo”
Em Castilho (Alfredo de Castilho), em 1978, foi fundada a Loja Maçônica
“Ubaldo de Medeiros” antigo diretor da E.F. Noroeste do Brasil.
Entre os fundadores destacam-se alguns bauruenses como: Antônio Cláudio
Fernandes Pelegrina, Cromâncio Alves Bastos e Carlos Roberto Ruiz.
A Maçonaria foi instalada no Brasil em 1801 fundando-se a primeira Loja.
O padroeiro da Maçonaria é São João Batista, sendo comemorado todos os
anos no dia 24 de junho e o seu dia realizando-se uma sessão branca, em cada Loja , sendo
permitido a entrada de visitantes.
O dia do Maçon é comemorado no dia 20 de agosto, quando se realizam as
festividades.
A Maçonaria, não considera possível o progresso senão através do respeito
ao outro, à justiça social, cultivando sempre a solidariedade entre os homens.
Mantém o lema: Liberdade, Igualdade e Fraternidade sem distinção especial a
ideais políticos ou religiosos.
O maçon torna-se com o tempo, uma pessoa com claras possibilidades de se
aperfeiçoar, de se instruir, de se disciplinar e conviver com as pessoas de
modo que passa a ser um exemplo dentro ou fora do país.
Dá-se a denominação de Loja ou oficina ao lugar onde se reúnem os maçons,
periodicamente para realizarem suas reuniões e cerimônias ritualísticas.
A maçonaria combate a ignorância, a superstição e o fanatismo, discórdia,
a denominação e os privilégios. No entanto, ela é tolerante com relação aos
seus membros, respeitando a opinião de cada um. Não é uma instituição com fins
lucrativos, pois sua arrecadação em atividades e seus recursos se destinam ao
bem estar do ser humano. O seu lema, a Ciência, Justiça e Trabalho. O seu
objetivo, a investigação da verdade, o exame da moral e a prática das virtudes.
Exige-se do maçon o respeito aos seus estatutos e regulamentos e
acatamento às resoluções da maioria, acatamento às Leis do País, ao Governo,
dedicação de parte de seu tempo para participar das reuniões e a prática da
moral, da igualdade e guarda dos segredos dos rituais maçônicos que como
qualquer outra instituição os possui.
Segundo o Editorial do Informativo da Loja Maçônica Mahatma Gandhi –
agosto de 1991/p.4: “Seus símbolos são os instrumentos do pedreiro (esquadro) e
do arquiteto (compasso).
São três os graus da hierarquia maçônica: aprendizes, ou membros novos,
que constituem as oficinas simbólicas; companheiros, logo acima; mestres ou
maçons perfeitos. Além desses, há outros graus, de caráter honorífico, em
número variável, de acordo com o rito.”
Existem ainda as Lojas Deus, Pátria e Família, Loja União VII e Loja
Antônio F. Lisboa, além das já citadas durante este trabalho. Se houve algum
esquecimento, não foi proposital.
(Diário de Bauru de 06/10/1991 a 01/12/1991)
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