quarta-feira, 2 de maio de 2012

Patrimônio Cultural e identidade de um povo


Profª Marcia Regina Nava Sobreira



A questão da identidade é complexa pode ter vários aspectos a serem observados.

Dominique Wolton define identidade como o caráter do que permanece idêntico a si próprio. Assim podemos compreender a identidade pessoal como a característica de um individuo de se perceber como o mesmo ao longo do tempo. O individuo construo o seu Eu quando se difere dos outros. Da identidade pessoal, passamos para identidade cultural, que seria a partilha da mesma essência entre indivíduos, o que é comum a eles. A identidade social é o conjunto de papeis desempenhados pelos sujeito por si. Esses perfis seriam construídos a partir das fórmulas dadas pela sociedade, e não criados simplesmente pela escolha individual.
Recentemente a História assim a antropologia e psicologia que já trabalhavam a questão da identidade começou a enfocar este conceito. Aí a nossa identidade surge quando evocamos uma série de lembranças. A identidade está nas diferenças. Exemplo ao dizermos que somos brasileiros é porque não somos chineses. Assim toda identidade é uma construção histórica e não existe Isolda, é sempre construída em comparação com outras identidades.
Ao estudarmos a questão da identidade  a memória esta presente. A memória como propriedade de conservar certas informações, reenviando em primeiro lugar para um conjunto de funções psíquicas, graças às quais os homens podem atualizarem impressões  ou informações passadas, que ele representam como passadas.
Deste modo a memória é um elemento essencial para a construção da identidade individual e coletiva, instrumento e um objetivo de poder que pode dominar.
O papel dos antropólogos, filósofos, geógrafos , historiadores, jornalistas , sociólogos e profissionais do turismo é a democratização fazer que a memória social ou coletiva sirva para a libertação e não para a servidão dos homens.
Um dos meios é as viagens que permitem não apenas conhecer outras realidades, mas perceber e valorizar a imensa e rica diversidade cultural brasileira. A cidadania só se constrói com o reconhecimento e respeito pelas muitas formas de se viver e de se pensar o mundo.
O turista atento á cultura apreciará melhor os emissores (pessoas) do local e seus costumes, aproveitará melhor seu lazer e poderá valorizar a diversidade cultural contribuindo para a formação de uma cidadania mais critica. Não serão apenas consumidores  passivos da cultura, mas poderão interagir com as diversas manifestações culturais.
O turismo cultural implica não apenas a oferta de espetáculos ou eventos, mas a existência e preservação de um patrimônio cultural representado por museus, monumentos e locais históricos.
O patrimônio ambiental  para sua valorização ultrapassa sua importância para a qualidade de vida das populações locais.
Alguns patrimônios reconhecidos pela UNESCO
1980- Centro histórico de Ouro Preto
1982- Olinda
1984-Ruínas Jesuíticas Guaranis de São Miguel das missões
1985-Salvador
1985- Santuário de Bom Jesus de Matozinhos
1986- Parque Nacional do Iguaçu
1987- Plano Piloto de Brasília
1997-São Luiz
1991- Parque Nossa Senhora da Capivara
1999- Reserva de mata Atlântica de São Paulo e Paraná
1999- Diamantina
       As festas devocionais do calendário católico (memória coletiva, crença, interesses materiais e espirituais e cultura popular)
  • Festas Juninas no  Sudeste ( São João, 24/6; São Pedro, 29/6 e Santo Antonio, 13/6)
  • Carnaval (fev ou mar. ) 40 dias antes da Páscoa;
  • Festa do Divino (Domingo de Pentecostes (40 dias depois da Páscoa)
  • Ciclo Natalino 24 de dez. a 6 de jan. (Presépio e Folia de Reis)
  • Festa de N.S. Aparecida (12/10)
  • Festa de N.S. da Conceição (8/12)
  • Semana Santa
  • Festa do rosário (7/10)
  • Ciro de Nazaré – segundo domingo de outubro (Belém do Pará)
Nestas festas folclóricas, existe a presença do lendário, da musica, a dança, o cortejo, o auto e o culto estão ligados a realidade das pessoas.

EVENTOS – ESPETÁCULO
Objetivo – diversão, e não a reflexão, a contemplação e a educação pela arte; produtos culturais de baixa qualidade; interesses mercadológicos (empresas patrocinadoras)
Festas, shows, festivais, espetáculos de teatro e dança e exposições, geralmente não são manifestações culturais e sim fatos e acontecimentos sociais para atrair público.
Sem fins culturais: passeio ciclístico, caminhada ecológicas , feira do livro.
O EVENTO TORNA-SE HISTÓRIA DO LOCAL E PARTE DA MEMÓRIA DA CIDADE.

Há a necessidade através do evento a democratização da cultura e das artes;
Promoção da cidadania individual e coletiva;
Entretenimento, negócios e turismo;
Elemento de revitalização do patrimônio histórico e cultural
Por meio de  palestras, oficinas, museu, cursos, debates etc.

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