quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O exercício da advocacia em Bauru 6ª Parte



Profª Marcia Regina Nava Sobreira


O dr. Octávio Pinheiro Brisola nasceu em Lençóis no dia 2 de setembro de 1892, filho de Octaviano Martins Brisola e Francisco Pinheiro Brisola.
Brisola aprendeu a ler e escrever com o seu pai que era professor primário. Cursou o ginásio em Itapetininga e logo depois completou os estudos em São Paulo No Colégio Arquidiocesano onde formou-se em Ciências e Letras. Em 1910 ingressou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo, bacharelando-se em Ciências Jurídicas e Sociais, no ano de 1914, tendo sido um dos alunos mais brilhantes de sua turma.
No ano de 1915 fixou residência em Bauru, exercendo aqui atividades de advogado político e jornalista. Advogou por 55 anos, demonstrando ser um homem honesto, atuante, enérgico com grande sentimento de combate às injustiças.
No ano de 1917 foi eleito vereador, e indicado vice-presidente da Câmara e no ano seguinte eleito Prefeito Municipal, permanecendo até 1921. No ano seguinte, foi eleito novamente vereador. Durante a revolução de 1924, Brizola aderiu a este movimento, que tinha como objetivo a punição dos políticos corruptos e a instituição do voto secreto, entre outras coisas, liderando pelo general Isidoro Dias Lopes, major Miguel Costa, João Cabanas e Joaquim Távora, entre outros. Com a dispersão dos revoltosos Octávio Pinheiro Brizola precisou se exilar dirigindo-se para a Argentina onde permaneceu até 1926. Na cidade de Posadas, exerceu a profissão de jornalista e se destacou pelas suas poesias. Participou dos famosos Jogos Florais, concurso de poesia espanhola, com a poesia “Dolor de Amar”, concurso este que reunia as mais altas expressões no campo poético daquele país. Mostrando seu grande talento ganhou o concurso.
Regressando ao Brasil, através do Rio Grande do Sul, pretendia fixar residência naquele estado e trabalhar como jornalista, mas com a morte de seu pai, voltou a Bauru para ficar junto à sua mãe.
No período de 1930 a 1934 permaneceu em São Paulo, quando exerceu as atividades de Oficial de Gabinete do Secretário da Viação e de Diretor do Instituto Disciplinar, destinado aos menores delinqüentes.
De volta a Bauru dedicou-se a advocacia e ao jornalismo.
Octávio Pinheiro Brizola há havia, em 1915, sido diretor do jornal “O Comércio de Bauru”, em 1921 fundado o “Bauru-Jornal”, de curta duração. No ano de 1934 fundou o “Jornal do Interior” que se editou por pouco mais de 2 anos.
Voltando à política, em 1948, foi eleito prefeito de Bauru, o primeiro pelo voto direto, secreto e universal, após o Estado Novo. Em seguida, foi eleito vereador e presidente da Câmara Municipal.
A sua participação na política terminou depois de ter exercido o cargo de Deputado Federal, ocasião em que deixou as funções de professor de Direito Penal da Faculdade de Direito de Bauru, atividade que desenvolveu por 11 anos.
Octávio Pinheiro Brizola, terminou o seu mandato de Deputado Federal, encerrando a sua carreira política, vindo a falecer em 10 de outubro de 1970, deixou irmãos e um filho que seguiu o caminho do pai na área política e na advocacia, é o Dr. Marco Aurélio Pinheiro Brizola.
O Dr. Brizola foi sepultado no Cemitério Municipal da Saudade.

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