Profª Marcia Regina Nava Sobreira
O humor é uma característica da personalidade
humana que tenta amenizar a realidade nem sempre favorável.
Reportando-nos para a antiguidade observamos
que em todos os povos existe uma marca
particular de humor, ora mais requintado ora mais sutil, expressada através da
ação em forma oral e gestual, como dramatização; escrita, nos diversos gêneros;
da literatura; música, como as marchas carnavalescas e nas artes plásticas.
Na Grécia antiga temos notícias de várias
dramatizações cômicas, e em Roma através dos espetáculos circenses.
Na sociedade moderna utiliza-se dos meios de
comunicação bastante rápido e de grande alcance, para a vende de produtos
incluindo nestas técnicas o gênero humorístico.
O assunto enfocado sofreu e sofre variações de
acordo com o momento histórico que determinado povo estava ou está passando,
sendo alvo políticos, empresas de prestação de serviços, situações econômicas,
estados sociais decadentes e etc.
É uma maneira do homem mostrar-se insatisfeito
com algo ou alguém, alguma coisa que não entende se sente reprimido, usando a
ironia muitas vezes como forma de agressão e válvula de escape para demonstrar
seus sentimentos.
Aqui nos deteremos num dos meios de expressão:
as piadas. Estas com variações que acompanham os tempos, e muitas delas
deixaram de ter graça ou significado com o passar dos anos.
Daremos alguns exemplos típicos de 40-50 anos
atrás, onde se nota algumas semelhanças e contrastes no assunto enfocado na
maneira de tratar de nossa sociedade atual.
NO TRIBUNAL
O
Sr. é um brutamontes! – diz o Juiz ao acusado. Afinal, por que surrou sua
esposa?
- Aconteceu,
senhor juiz.
- Aconteceu
como?
- Sim, nem sei como foi isso porque, no geral
é sempre ela que me bate...
NA ESCOLA
O professor – O que é
que muda quando a água se transforma em gelo?
A Jandira – O preço!
MENINO SABIDO
Antoninho, o que é um
sinônimo? – pergunta o professor.
- Um sinônimo – responde
o Antoninho muito sério – é uma palavra que nós empregamos quando não sabemos
como se escreve a outra de sentido igual!
SINCERIDADE
Num escritório, o
empregado para o patrão:
- Não
posso ler esta carta. A letra é péssima!
-
Parece impossível! Um burro é capaz de ler isso!.. Dê-me a carta!
BOA SAÚDE!
Um
pintor, na França, conversa com o seu modelo, um velho esfarrapado e nada
limpo.
-
Como, então – diz o artista – o senhor está a 15 anos em Paris e nunca pensou
em tomar um banho?
-
Oh! respondeu o velho – Tenho uma saúde de ferro; nunca precisei tomar essas
drogas que só servem para resfriar a gente...
APROVEITANDO A OPORTUNIDADE
O
dono da casa aponta o revólver para o ladrão que encontra-se em baixo da cama.
-
Saia! Saia, miserável, antes que te estoure os miolos! Mas antes de sair,
procura aí um botão de colarinho que caiu esta manhã.
*
Certo
rapaz encontrou-se com um médico, seu amigo, que, com as mãos na cabeça se
queixava entre suspiros:
-
Eu
preciso consultar um psiquiatra.
-
Mas
você é psiquiatra, disse o outro.
-
Eu
sei – foi a resposta – Mas eu cobro muito caro.
O CANDIDATO
O candidato – O senhor
sabe bem quem eu sou, não é verdade?
O Eleitor – Sim doutor.
O candidato – Então por
que não vota em mim?
O Eleitor – Exatamente
por isso.
*
O professor – Cada vez
que vocês respiram, morre um homem...
O aluno – Sinto muito,
professor, mas se eu não respirar quem morre sou eu...
*
Um – Disseram-me que
você é contrabandista.
Outro – Sim. Odeio a
música de banda.
(Publicado no
Diário de Bauru em 08/5/1988, p. 8).
Nenhum comentário:
Postar um comentário